Como conservar um vinho aberto sem maiores gastos

Um método ao alcance de todos

Publicado em Vinho & Gastronomia em 2013.65d6b688523cee74bd81cd421bef8918

Se você é dos que têm prazer de abrir um belo vinho embora nem sempre tenha ao lado uma companhia que o/a acompanhe, como você conserva o vinho aberto?

Quem já não se deparou com o dilema – atroz para o amante de vinhos – de abrir uma garrafa de um grande vinho, sabendo que parte dele há de se perder, porque naquele dia vamos tomar apenas uma ou duas taças?

Como conservar o vinho é, com certeza, um dos problemas que afligem os fãs de Bacco.

Afinal, é um desperdício, um pecado mortal abrir e beber apenas um ou duas taças de, digamos, um Réserve de la Comtesse de Lalande 2004, segundo vinho do Château Pichon Longueville Comtesse de Lalande, um Deuxième Grand Cru pela classificação de 1855 de Bordeaux.

No dia seguinte, o seu Réserve de la Comtesse de Lalande ainda estará razoável, mesmo que tenha perdido algo, mas duas semanas depois, esqueça!, não há Vaccum Vin ou Auto Wine Vaccum Seal da The Sharper Image e mesmo Eurocave que evite o desastre.

O oxigênio que nos é tão necessário sempre encontra uma brecha, se mete na garrafa e lá vai nosso grande vinho para o vinagre… A não ser que você disponha de uma Enomatic particular, o que é privilégio de poucos.

Foi na base científica de tentativa e erro que descobrimos uma solução para este problema: se o oxigênio deteriora o vinho, guardar a sobra de nosso vinho sem qualquer contato com o oxigênio deve lhe dar uma sobrevida, certo?

A experiência de ensaio e erro começou com a recordação do método caseiro de meu pai de preservar o vinho na garrafa aberta. Depois de assistir a um filme italiano, ele passou a conservar o vinho aberto com uma camada de óleo em cima (afinal, o óleo não se mistura) e para “abrir” simplesmente jogava o óleo fora num movimento rápido de mão. Naquela época, meu pai guardava as sobras de vinho em garrafas de guaraná caçula, coisa que nem existe mais!

Mas o que existe, e ainda melhor, são as garrafas de 174 ml ou 0,25ml (1/4 de garrafa) com tampa de alumínio e de rosca. E, garanto, não falha!

A garrafinha de 174 ml é a salvação! Você bebe uma ou duas taças e verte o restante do vinho nelas, enche de vinho até a boca da garrafa sem deixar espaço entre o líquido e a tampa, que deve ser a tampinha de alumínio e rosca. Em seguida coloque uma etiqueta e ponha na geladeira. Pronto! O frio faz com que as moléculas fiquem dóceis e quietinhas sem inventar moda e sem oxidar. Você vai tomar o mesmo vinho um mês depois sem problemas!

Após terminar seu vinho, lave a garrafinha apenas com água, depois deixe passar a noite completamente cheia de água e tampada. No dia seguinte, esvazie a garrafa, coloque-a de boca para baixo, para secar completamente. Antes de guardar, verifique se está inodora, feche e guarde para o próximo vinho.

O equipamento para esta operação consiste em funil, etiquetas autocolantes, lápis e, pelo menos meia dúzia de garrafas 375ml. Eu já tenho aqui na geladeira uma coleção de garrafinhas com vinhos fantásticos: Puligny Montrachet 2011 Olivier Leflaive, Erasmo 2007, Reserve da la Contesse 2004, Mercurey Premier Cru Faiveley 2005, Marcel Deiss Grasberg 2007… tudo para tomar quando bem entender!

Experimente!

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Quem te viu, quem te vê, o Viognier 2014 da Campos de Cima

campos319Campos de Cima deu um salto de qualidade em seu branco Viognier, a quarta edição ou safra 2014. Muito bom e por R$37,90, um vinhaço, smart buy de excelente relação custo benefício.

E o Vignier não é a exceção. Com a produção do excelente rosé Irene Antonietta e os espumantes que já eram o melhor da vinícola, está clara a receita para o salto de qualidade: a consultoria de um enólogo do calibre de Michel Fabre, que faz belos rosés no Languedoc, Provence.

Michel Fabre chegou a Campos de Cima em Itaqui o ano passado e o resultado já se nota. Começou pelos vinhedos. Menos é mais! Michel Fabre vem supervisionando a Campos de Cima desde o processo de plantio de suas uvas. Foi ouvindo a orientação de Fabre, por exemplo, que a boutique de vinhos optou por fazer uma poda mais severa este ano, limitando a produção para ter rótulos excepcionais. “Repensei toda a poda com o objetivo de ter uma produção regular em cada planta, bem equilibrada e menor, agregando assim mais qualidade”, explicou o enólogo.

Em sua quarta edição do Viognier, essa é a primeira vez que um rótulo é totalmente vinificado na empresa, na nova sede localizada em Itaqui, sob os olhos atentos do enólogo francês Michel Fabre. “Sem dúvida, esse é o melhor Viognier que lançamos até hoje. Ter todo o processo nas mãos, da produção à vinificação final, faz toda a diferença. Temos total liberdade para buscar a maior qualidade possível”, destaca o diretor comercial da Campos de Cima, Pedro Candelária.

Além de dominar as uvas da Europa, o consultor francês conhece bem as variedades cultivadas no Brasil em razão de três anos vividos e trabalhados com vinícola do Nordeste.

E o resultado desse trabalho é um Viognier diferenciado, com novidades em relação às safras de 2008, 2009 e 2011: um pequeno corte com a uva Chardonnay.

Com uma produção limitada de apenas 1,2 mil garrafas, o vinho foi pensado levando em consideração as características do Brasil. “É ideal para o verão. Um branco bastante complexo, que hamoniza bem com peixes e frutos do mar, além de pratos mais leves”, explica Candelária. O lançamento oficial do rótulo acontece em meados de janeiro e a vinícola já está aceitando encomendas.

Aguardem porque vem por aí mais novidades na Campo de Cima que está plantando castas gregas como Assirtiko.

Serviço
Viognier 2014 R$37,90
Irene Antonietta rosé R$39,50
Espumante Brut e o Extra Brut R$45,00

Vendas em S. Paulo com Renata Quirino cel.(11) 98177-5104 ou renata@camposdecima.com.br
Para o resto do pais pelo tel.(55) 3433-2414 ou (55) 9708-7500 ou o email vendas@camposdecima.com.br

Sobre a Campos de Cima
Propriedade familiar situada na região da Campanha gaúcha, a Campos de Cima teve seus primeiros vinhedos implantados entre os anos de 2002 e 2004. A primeira safra ocorreu em 2006, da uva Tannat, que gerou 5 mil garrafas de um vinho colocado no mercado em 2009. A vinícola cultiva ainda outras dez uvas (Ruby Cabernet, Chardonnay, Viognier, Pinot Noir, Merlot, Cabernet Franc, Cabernet Sauvignon, Shiraz, Malbec e Tempranillo).

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Os vinhos de ânfora do revolucionário Josko Gravner

gravner319Os vinhos de Josko Gravner não são para iniciantes, wine lovers acomodados e pouco exigentes, mas para iniciados e amantes do vinho em busca da aventura do vinho sincero, vibrante e honesto.

Entretanto nem sempre seus vinhos foram assim. Nos anos 80 e 90, os vinhos de Gravner eram dos mais premiados do mercado e seu chardonnay considerado o melhor da Itália.

E, de repente, não mais do que de repente, apenas para o olhar dos desavisados, Gravner vendeu todos os equipamentos modernos, as prensas hidráulicas, os controles de temperatura, desfez-se de tudo isto, adquiriu prensas antigas do tipo cesta, ânforas do Cáucaso enterradas na terra e começou a fazer vinhos como se fazia no início dos tempos do vinho, há cinco ou seis mil anos. A diferença entre seus vinhos e os da Antiguidade está em que ele usa bottis e um mínimo de sulfito, um aditivo que os romanos há mais de dois mil anos já recomendavam.

Não são vinhos fáceis, mas é o próprio Gravner que revela que faz vinhos para ele e não para o mercado. Ele bebe seus vinhos e o que sobra, ele vende. Assim de simples! Para ele o bom não significa agradar a todo o mundo. Gravner é, sem dúvida, um produtor comprometido com suas convicções.

E não sem razão se pode dizer que seus vinhos são o alfa e o ômega. E é o que você pode constatar a partir da entrevista de Josko Gravner – que está mais para um camponês de vinhedos do que um produtor de vinhos premium, genial e humilde, energicamente sincero e comprometido com seus ideais. Uma das figuras mais revolucionárias do vinho, quase nunca sai e viaja, como camponês que trabalha no campo na Oslavia, Friuli.

A entrevista com degustação foi organizada pela Decanter de Adolar Hermann, importador de Josko Gravner, com jornalistas no dia 12 de janeiro de 2015 em S. Paulo.

Josko Gravner, vitivinicultor de Collio no Trentino, é hoje considerado um genial revolucionário do vinho. E por quê? Se formos escavar mais fundo, a razão desta rebeldia e genialidade estão fundamentadas no compromisso de buscar fazer o melhor, mas não segundo as regras do mercado, e sim de acordo com a ética de fazer um vinho sincero e honesto de acordo com os ditames de seu coração.

O vinho de Josko Gravner é sincero na acepção da palavra sincera, “sine cera”, sem cera, como eram chamadas as esculturas de mármore que não continham nenhuma cera para ocultar os defeitos e as lacunas da escultura.

Josko Gravner não acrescenta aditivos – para maquiar seus vinhos -, que são feitos em ânforas do Cáucaso, enterradas na terra, e ali fermentam e ficam por um ano e depois mais cinco ou seis em grandes bottis de 1.500 a 2.500 litros.

Não usa leveduras “selecionadas” (muitas das quais já vêm “batizadas” com aromas sintéticos), mas as leveduras das uvas de seus próprios vinhedos. Quando lhe perguntei se não ocorria de as leveduras pararem de agir antes da hora, Gravner respondeu que isto não acontece com seus vinhos. Por quê? Porque seus vinhedos não passam por herbicidas, pesticidas, químicas, e sim por um cuidado intenso no vinhedo, com uma rentabilidade baixíssima. Cada planta depois da poda fica com seis cachos que ele ainda corta pela metade para ganhar em concentração.

Tampouco filtra ou clarifica seus vinhos. Porque o vinho quando filtrado perde coisas muito importantes, diz ele. O filtro mata enzimas, bactérias e leveduras, três elementos vivos. E ele crê que ao se perder estes elementos, o vinho fica uma coisa morta.

Seus vinhos são efetivamente vinhos vivazes, cheios de energia e vida. Vinhos para iniciados, para quem se aventura fora do quadrado do mercado.

Gravner visitou vinícolas na Europa e em Romanée Conti se deu conta da importância de se fazer poucos e bons vinhos, algo que seu pai lhe repetia, enquanto ele retrucava que era capaz de fazer muitos e bons… Em 1987, Gravner vai à Califórnia e se dá conta de que os vinhos eram todos iguais. E era isto que não queria fazer.

Viaja então à nascente do vinho, ali onde o vinho começou a ser feito: na Mesopotâmia, na Anatólia e no Cáucaso. Vinhos especiais, únicos em pouquíssima quantidade e excepcional qualidade. O branco de Ribolla Gialla tem a cor âmbar dos vinhos brancos das pinturas renascentistas. Observe que o rótulo dos vinhos de Gravner é sempre o mesmo, o que muda é o contra rótulo que indica se é um Breg Anfora ou um Ribolla, etc. Total descaso com o marketing.

Notas de degustação

Ribolla 2005 !!!
Ribolla Gialla, uva nativa de Collio.
Um ano em ânfora e quatro em botti de capacidade de 1.500 litros.

Em taça, cor viva âmbar.
Aromas de frutas maduras, frutas secas e castanhas. Especiarias, damasco, mineral, complexo.
Acidez bem gastronômica . Médio corpo, bem estruturado, fino, elegante.
Para iniciados. Não é um vinho fácil. Diferente de tudo o que você já bebeu. Loooonga persistência.
R$433,20 na Decanter.

Ribolla 2006 !!!+
Ribolla Gialla, uva nativa de Collio.
Um ano de ânfora e cinco de botti.
Em taça, âmbar.
Frutas mais maduras, frutas secas, castanhas, complexo.
Mais macio e redondo. Gastronômico. Elegante.

Breg 2006 !!!
Pinot Grigio, sauvignon blanc, riesling itálico, chardonnay. Um belo vinho que vai além da soma de suas partes. Um belo vinho que ele não vai mais fazer.
Âmbar mais escuro em taça.
Frutas maduras, frutas secas, damas, avelãs. Gastronômico.
Elegante e final longo.
R$ 433,20 na Decanter.

Rosso Breg 2003 !!!
Pignolo 100% (uva nativa de Collio)
Nõ ostenta DO porque é Vino da Távola, e a legislação italiana não permite pôr nem a uva nem a safra no rótulo. Duas mil a três mil garrafas por ano.
Frutas vermelhas maduras. Floral. Notas leves de cedro.
Muito delicado, muito fino, leve para médio corpo. Boa persistência.
Uma beleza e a Decanter vai importar e vem com o nome de Pignolo.

Rujno 1999 !!!+
Merlot e 5% de cabernet sauvignon
Videiras de 50 anos.
Frutas vermelhas muito maduras, complexidade,
Em boca, leve e delicado, especiarias, complexo,
Também não vai mais fazer este fantástico merlot.

Daqui em diante ele somente vai fazer Ribolla e Pignolo, os demais não mais. A razão para deixar de fazer estes vinhos excepcionais? Confira em “Para saber mais”, logo abaixo.

Para saber mais
Transcrição da fala de Josko Gravner, traduzida por Guilherme Correa, sommelier tarimbado da Decanter.

Josko Gravner começou a acompanhar o pai aos 15 anos nos vinhedos e o pai já dizia que a adubação devia ser feita pelos coelhos.

Seu pai já dizia que se devia fazer poucos e bons vinhos e ele declarava que era capaz de fazer muitos e manter a qualidade. E depois viu que o pai estava certo.

Hoje ele faz o vinho para si, o que ele quer e não o que o mercado quer.

Gravner visitou muitas vinícolas quando jovem, entre elas Romanée Conti, o ápice da qualidade e do empenho em se fazer um grande vinho. Naquele momento, Gravner já tinha alcançado o máximo, mas sentia que podia fazer mais, valorizando a sua terra, o terroir de Collio.

Nesta viagem ele viu que o ideal era produzir muito pouco, fazer aquela poda verde. Hoje ele deixa apenas 6 cachos por planta, e corta os cachos pela metade para concentrar as substâncias aromáticas nos cachos.

Em 15 hectares ele faz 20 mil garrafas, enquanto que um hectare de prosecco faz 20 mil garrafas! Gravner faz 10 hectolitros por hectare de produção.

Para ele é fundamental trabalhar com honestidade, com ética, respeito à terra, respeito aos produtos que ele faz.

No momento da virada, vários de seus vinhos já tinham os três Bicchieri e seu chardonnay era considerado o melhor da Itália. Ele vendeu todos os equipamentos modernos, equipamentos de refrigeração, prensas pneumáticas e trocou por prensas antigas, daquelas de torque, de cesta, vendeu todos os equipamentos e voltou à antiguidade do vinho.

Gravner sempre diz que se você quer beber água pura tem que ir à nascente do rio e não na foz, onde ele deságua. Ele voltou à nascente, às origens da agricultura.

Em 1987, viaja à Califórnia e esta viagem foi o momento da virada. Foi esta viagem que o fez ver que a California está na direção errada, como ele declara. O vinho na Califórnia tinha aroma sintético. Quando retorna à casa, sua esposa lhe perguntou o que ele viu de novo e ele responde, vi uma coisa importantíssima, o caminho que eu não quero seguir! Foi uma luz, os vinhos eram todos iguais, feitos com aromas sintéticos.

Começa então a pesquisar a história do vinho e assim vai à nascente do vinho: Mesopotâmia, Anatolia, Cáucaso e chega à república da Geórgia.

Em 1996, chega à sua vinícola a primeira ânfora da Geórgia e em 1997 faz um experimento com uma pequena ânfora de 250 litros e naquela primeira fermentação ele sente seu coração tremer de emoção ao ver o comportamento da fermentação na ânfora e os resultados de Ribolla em ânfora de 250 litros.

Hoje trabalha com ânforas de 2.500 litros.

Desde 2001 ele partiu para a fermentação em ânfora. Atualmente Gravner tem 46 ânforas de 1500 a 2500 litros.

Ele importa as ânforas e não as faz na Itália, porque a terra de onde vem a ânfora é uma terracotta muito especial, de Imerete, uma região da Geórgia e que tem esta particularidade de a terra não ter estes metais nocivos para a saúde, uma montanha na beira do Cáucaso que não tem cádmio e nem chumbo.

A ânfora é usada enterrada e somente serve se enterrada porque é aí que ela cumpre seu papel . Primeiro, precisa ter a terra para dar boa uva, e este ciclo se completa quando a ânfora de terra dá um bom vinho. A terra que circunda a ânfora enterrada é viva e mantém vivo o vinho dentro da ânfora.

A ideia de Gravner é cada vez mais tirar as coisas em vez de acrescentar. A indústria alimentar e do vinhos têm mais de 300 aditivos colocados e Gravner quer cada vez tirar mais.

Não tem temperatura controlada para fermentação. Gravner diz que não é Deus para controlar a temperatura, que ele nasceu e vai morrer um dia e acha que o mosto tem que ter a temperatura que é da natureza das leveduras . Não há nenhum tipo de cimento na cantina, porque, segundo Gravner, o cimento é cancerígeno.

A fermentação em ânfora é feita com leveduras sempre selvagens, da própria uva, e a fermentação começa quando começa.

Usa apenas uvas que vêm de seus vinhedos, que não têm pesticidas, herbicida, fertilizante.

E na fermentação em ânfora Gravner nem coloca nem retira nada. Uma vez que o mosto está nas ânforas, ele, Gravner, não faz nada. As ânforas eliminam a participação humana. Inclusive não faz controle de acidez, de açúcar, de taninos, não faz nenhum tipo de intervenção. A uva tem de ser muito boa.

Na fermentação da Ribolla 2014, pode-se ver os grãos contaminados pela podridão nobre, pela botritis. Gravner aprendeu na escola de enologia que deveria evitar a Botrytis e o pai dele lhe dizia que a Botrytis era positiva. E hoje Gravner tem certeza disso. É o recurso nas safras mais úmidas, nas quais ele deixa a Botrytis se manifestar, porque inclusive ela retira, ela consome água, e elimina um pouco o efeito da diluição nos anos mais chuvosos.

Com o tempo deixou de fazer os vinhos internacionais que fazia e agora o Breg 2014 é seu último, porque vai fazer somente Ribolla. E por quê? Porque ele gosta de Ribolla. É uma decisão econômica, mas decidiu: as grandes castas somente fazem algo sensacional em um determinado lugar do mundo. Como a nebbiolo somente faz grandes vinhos no Piemonte e a Ribolla – que está há anos no Friuli – faz grandes vinhos lá.

Os vinhos passam um ano em ânfora e seis anos em botti grande. E usa o número sete que é mágico.

Ele faz o vinho para ele e o que sobra ele vende.

Está tentando usar o engaço. Durante cinco mil anos fez-se o vinho sem desengaçadeira. Mas o engaço tem de estar bem maduro. Acredita que seus vinhos com engaço vão agradar ainda menos gente.

Não é biodinamico, mas usa as coisas que ele vê que são importantes.

Não faz vinho industrial, mas artesanal como milênios atrás.

Ele acha e por experiência que seus vinhos devem ser guardados em pé. E servidos à temperatura de 20˚C.

Josko Gravner fala baixo, serenamente, modesto e humilde como um camponês. Mas seu interlocutor pressente que sob aquela modéstia existe uma determinação enérgica e sem concessões. Como seus vinhos.

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As inovações da chilena Terranoble, CA1 e CA2, faça sua escolha!

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A maioria das bodegas tem a linha de entrada, uma média e a premium. Pois a irrequieta Terranoble além das linhas reserva, single vineyard, gran reserva e ultra premium, propõe um projeto diferente, um Carmenere – e a Terranoble é boa de carmenere! – elaborado com vinhedos da Cordilheira da Costa e outro de vinhedos junto ao Andes. Dois vinhos instigantes e diversos entre si. Vale a pena prová-los e fazer sua escolha!

O estilo dos vinhos também foge ao tradicional de Novo Mundo: são vinhos gastronômicos e com final fresco e acompanham muito bem os pratos. Vinhos para serem bebidos com refeições e na conversa com os amigos. Saborosos e fáceis de beber.

A importação é da Decanter de Adolar Hermann.

As dicas: o branco à base de riesling e sauvignon blanc Gran Reserva Riesling Sauvignon Blanc 2012, os dois Carmenere, o CA1 Andes e o CA2 Costa; Lahuen 2011.

Notas de degustação

Carmenere CA1 Andes 2011 !!!+
14%. Los Lingues, na Cordilheira dos Andes, em Colchagua.
10 meses de madeira
Projeto iniciado em Talca. 92 pts Descorchados e 91 Wine Spectator.
Aromas cativantes e elegantes. Chocolate, tostado. Menta e carne.
Macio, sedoso, um vinho com personalidade, fino e saboroso. Gastronômico.
R$117 na Decanter.

Carmenere CA2 Costa 2011 !!!
14%
10 meses de madeira
Colchagua, cordilheira da Costa.
90 pts Descorchados
Rubi violáceo
Aromas de frutas frescas negras. Toque herbáceo. Pimenta. Evolução na taça para um delicioso aroma.
Em boca mais encorpado e potente. Mais maduro. Longa persistência.
R$117

Reserva Terroir Cabernet Sauvignon 2012
Los Lingues, Colchagua da região da Cordilheira. Uma zona mais quente.
Cabernet Sauvignon bem resolvido, sem piracina, aquela goiaba presente em alguns cabernets chilenos..
Aromas de frutos maduros. Ameixa, frutas negras. Bem macio, médio para encorpado. Gastronômico, frescor no final. Elegante.
13,%
R$72

Gran Reserva Carmenere 2012
Maule
13,5%
Herbáceo, fresco. Frutas frescas.
Muito herbáceo em boca, verde! Bons taninos, suaves. Boa acidez.
R$105

Kaikun Pinot Noir 2010
Pinot noir do Novo Mundo
Pouca extração..
14%
Muito frutado, cerejas, frutas vermelhas, notas terrosas, morango.
Taninos suaves, redondo.
Delicado,
R$153

Gran Reserva Riesling Sauvignon Blanc 2012 !!!
Riesling 70% e Sauvignon Blanc 30%
Muita vivacidade.
Toda a tipicidade da riesling.
Seco, notas cítricas e minerais. Pêssego e notas florais.
Refrescante.
R$105

Lahuen 2011 !!!+
Cabernet sauvignon, syrah e grenache
13,5%
12 a 14 meses de madeira
Notas herbáceas, frutas frescas, frutas vermelhas, evolui na taça, notas de chocolate.p
Macio, taninos finos, saboroso. Bom corpo e equilíbrio.
R$128

Tricau 2014
Carignan 65% de 2012 e 24 meses em carvalho; Cinsault de Itata de 2014
Frutas vermelhas, morango,nota herbácea, tuttifrutti fruti
Muito fresco em boca.

CA1 e CA2 um belo projeto da Terranoble, além de seus carmenere equilibrados, elegantes, user’s friendly, amigáveis e fáceis de beber!

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Juvé y Camps Cinta Púrpura Reserva, excelente cava e bom preço!

Juvé y Camps Cinta Púrpura Reserva
Cava Brut 2010
12%
Sant Sadurní D’Anoia

Um grande cava por um preço imperdíveljuve319!

Amarelo vivo para dourado com reflexos esverdeados, afinal é uma safra de 2010.

Perlage minima, borbulhas bem finas e elegantes, constantes.

Aromas sedutores em taça. Para respirar fundo e dar graças aos céus por esta alegria! Aroma profundo de damasco, frutas amarelas.
Bela citricidade em boca e mineralidade. Frescor e jovialidade.

Em boca, um espumante generoso, cremoso que enche a boca. Suntuoso. Mineralidade e citricidade. Acidez delicada. Integração excelente de todos os elementos.

Um grande cava com expressão e personalidade. Por R$85 é um smart buy, um best buy, uma bela aquisição!

Importação feliz da Premium Drinks Brasil
Vendas: Tel. 21-9987-0041; 11-2362-2703; 21-4141-8575
http://www.premiumdrinks.com.br

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Royal Palmeira 2010, branco português que ombreia com Borgonha

palmeyra319
Loureiro, 12%, Monção
Quinta da Pedra, Ideal Drinks

 

Um vinhaço português que ombreia com Borgonha!

 

Ideal Drinks faz vinhos na Bairrada e Dão e conta com a consultoria de designer de relógios suíços e de produtos de alto luxo, Carlos Dias.

Os vinhos são premium, como este Palmeyra Real, elaborado com Loureiro, e considerado o melhor Loureiro por Hugh Johnson 2015.

Enólogo é Carlos Lucas com a consultoria de Pascal Chatonnet de Bordeaux.

Palha com reflexos esverdeados.

Aromas de frutas frescas e brancas. Pureza de fruta e expressão. Complexidade. Fruta seca no nariz.

Mineralidade. Tensão e densidade. Equilibrado, fino e elegante. Complexo.

Um vinhaço branco português que ombreia com os da Borgonha. Uma beleza!

Importação e produção feliz da Ideal Drinks Vendas tel. 11- 3564.7056

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No Brasil a seleção dos melhores vinhos do Chile. Confira aqui os 15 melhores!

chile615Pela primeira vez fora do Chile!

Em cerimônia de gala realizada em São Paulo no dia 2 de dezembro foram revelados os melhores vinhos do Chile no 12º Annual Wines of Chile Awards (AWoCA), considerada uma edição histórica, já que aconteceu pela primeira vez fora do Chile.

O Brasil foi o escolhido para sediar o principal concurso de vinhos do Chile e a escolha dos 15 vinhos melhores rótulos chilenos ficou a cargo de corpo de juízes exclusivamente composto por sommeliers e especialistas brasileiros.

O melhor vinho do concurso
Viña Casas del Bosque Syrah Gran Reserva 2012, premiado na categoria Best in the Show. O mesmo vinho também levou o prêmio na categoria Syrah.

Premium White e Premium Red
Os ganhadores foram, respectivamente, os vinhos Amelia 2013 (Concha y Toro) e Armida 2009 (De Martino).

Os brancos premiados
Specialties Sauvignon Blanc Ocean Side 2014 (Viña Santa Carolina/categoria Sauvignon Blanc),
Tarapacá Gran Reserva Chardonnay 2013 (Viña Tarapacá/categoria Chardonnay) e
Single Vineyard Neblina Riesling 2011 (Leyda/categoria Other Whites).

Os tintos premiados
Viña Falernia Pinot Noir Reserva 2013 (melhor pinot noir)
Carmenere Reserva 2013 Pedriscal Vineyard (melhor carmenere)
Viña Casa Silva Gran Terroir de los Andes – Los Lingues 2012 (melhor cabernet sauvignon)

Outros Tintos
Tama Vineyard Selection Carignan 2013 (Viña Anakena).

O melhor Rosé
Viña De Martino Gallardía del Itata Cinsault 2014

O melhor Late Harvest
Erasmo Torontel Late Harvest 2009

O melhor Blend
Casa Silva 5 Cepas 2013

O melhor Espumante
Viña Morandé Brut Nature

Os números do 12º AWoCA

Este ano foram inscritos 639 vinhos de 92 vinícolas, um recorde de inscrições de amostras. Desembarcaram em São Paulo 2.652 garrafas, o que representa quase 2 mil litros de vinho. “O processo para entrada de vinhos no Brasil envolve uma série de etapas alfandegárias e o empenho das vinícolas em participar demonstra a importância do mercado brasileiro para a indústria de vinhos do Chile”, resume Claudio Cilveti, managing director da Wines of Chile.

Também impactante foi o número de medalhas conquistas pelos vinhos na 12ª edição do evento: 88 vinhos conquistaram ouro; 272 ficaram com medalhas de prata; e 203 levaram bronze, o que significa que 88% dos participantes conquistaram alguma distinção.

Aguardado pelas vinícolas e pelos produtores, o resultado do AWoCA tem grande influência no mercado, já que funciona como um “guia” para o trade – cadeia que envolve importadores, bares, restaurantes, lojas de vinhos, empórios, supermercados e hotéis – e para os consumidores, pois indica o que de melhor tem sido produzido no Chile.

De acordo com Claudio Cilveti, managing director da WOC, foi uma decisão estratégica para a Wines of Chile realizar no Brasil o primeiro AWoCA fora do Chile. “O mercado brasileiro é um dos mais importantes para nossa indústria e a cada ano temos aumentado o investimento em ações aqui. Representamos quase metade do mercado de vinhos importados no Brasil, que ocupa a 5ª posição no ranking de nossas exportações.” O Chile lidera o mercado com 39,8% e é o primeiro no ranking desde 2002.

Para Oscar Paez, do ProChile Brasil, a escolha é um marco também para nosso país: “a escolha do Brasil para a primeira edição do AWoCA ‘internacional’ reforça o posicionamento do Chile em priorizar cada vez mais o mercado brasileiro. Nossas relações comerciais vêm se consolidando ano a ano e nossa meta é seguir aumentando a presença no setor de vinhos importados no Brasil”.

“Nossa diversidade de vinhos fica mais evidente a cada ano. O território chileno é riquíssimo, indo do mar até o gelo e passando pelo deserto. Essa variedade terroirs resulta em vinhos com expressão tão marcante como os que são apresentados no AWoCA, que representa um verdadeiro painel da evolução e da alta qualidade dos nossos vinhos”, celebra Claudio.
Os jurados
Os jurados brasileiros que escolheram os melhores vinhos do Chile em 2014 foram: Carlos Cabral (grupo Pão de Açúcar), Mário Telles (ABS-SP), José Luiz Pagliari (SBAV-SP), Diego Arrebola (eleito melhor sommelier do Brasil e Wine Director do Grupo Pobre Juan), Manoel Beato(grupo Fasano), Gabriela Monteleone (sommelière), Daniela Bravin (Bravin), Tiago Locatelli (grupo Varanda), Gabriela Bigarelli (Maní), Jorge Lucki (Valor Econômico), Marcelo Copello (Revista Baco) e Didú Russo (Blog do Didú).

“A escolha dos jurados considerou principalmente a representatividade de cada um em diversos segmentos do mercado. Por isso, além de sommeliers premiados e responsáveis pelas cartas de vinho de restaurantes renomados, participam formadores de opinião das duas principais associações do Brasil, representantes da mídia especializada impressa e digital, além de um grande nome do varejo brasileiro”, completa Cilveti.

Também é possível ver o vídeo dos dias de degustações do 12º AWoCA: https://www.youtube.com/watch?v=JijZxEDtXkQ

Foto 1: Claudio Cilveti, managing director da Wines of Chile; Oscar Paez, diretor do ProChile Brasil; Ana Paula Padrão, mestre de cerimônias do evento; Mario Pablo Silva, vice-presidente da Vinos de Chile; e Alvaro Arriagada, encarregado do mercado Brasil na Wines of Chile
Créditos: Norio Ito

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Vinhos do Líbano, ensolarados, especiados com uma pitada de mistério ou será originalidade?!

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Líbano, um mundo de vinhos a descobrir!

E é irônico, pois o Líbano faz vinhos há mais de 7.000 anos,no neolítico, embora tenham sido os fenícios que tenham colocado o vinho libanês no mapa (3.000 aC a 330 aC) ao comercializar o elixir de suas vinhas. Quando o país cai em mãos otomanas, a produção é proibida (1517 até 1857) e somente retomada pelos jesuítas que plantam cepas francesas no vale de Bekaa e fundam o Château Ksara, o maior e mais antigo produtor libanês. Com o fim da I Grande Guerra e a chegada dos franceses a viticultura volta a florescer em terras libanesas.

Os vinhos do Líbano têm caráter francês, com uma nota ensolarada do Mediterrâneo, especiarias e um toque, como diz Hugh Johnson, de mistério, ou de novidade, se você preferir. Algo indecifrável, DNA libanês? Sabe-se lá, afinal não estamos tão familiarizados com os vinhos libaneses para saber, mas o que se descobre na I Degustação de Vinhos do Líbano que aconteceu ontem em S.Paulo ( 27/11/14) e em breve no Rio, é que são vinhos deliciosos e com caráter! Franceses no nariz e em boca pela leveza e encanto, fáceis de beber, mediterrâneos.

A cada dia surgem novas vinícolas no Líbano e não somente no vale do Bekaa, mas além dele, a oeste em Batroun e o Monte Líbano e ao sul em Jezzine .

Os destaques da degustação

Atibaia 2010 !!!++
60% syrah, 35% cabernet sauvignon e 5% petit verdot.
Um tinto bordalês no nariz e em boca sedoso, de estrutura firme mas leve, equilibrado com seus 14,5% de graduação alcoólica, muito elegante e fácil de beber.
Atibaia da produtora Atibaia Wine é a grande estrela da degustação. O nome vem de Atibaia, cidade paulista a 70 km da capital que os proprietários libaneses visitam com frequencia e apreciam. Importação da Zahil.

Chateau Ksara Reserve du Convent 2011 !!!
Chateau Ksara, Bekaa.
Um tinto que que por R$75 é tudo de bom! Belo nariz, corpo médio para leve, fácil de beber e de regar o papo com os amigos e as refeições!
Ksara Cabernet Sauvignon 2011 é muito bom, o Cuvée du Troisième Millénaire 2011 é complexo e tem aquele quê de mistério em boca (Cabernet Franc, Petit Verdot, Syrah). Magnífico o Chateau Ksara 2011!
Château Ksara, duas estrelas H.Johnson 2015, faz vinhos de boa relação preço qualidade. Fundado em 1857 pelos jesuítas. Importação da Interfood.

IXSIR Altitudes 2010 !!!+
Cabernet sauvignon, caladoc, syrah e tempranillo.
IXSIR, duas estrelas Hugh Johnson, é vinícola ambiciosa com a presença de Hubert de Bouard do Château Angelus de St. Emilion. Nada mal! IXSIR, “elixir” em árabe, pratica agricultura sustentável nas montanhas do Líbano, na região entre Baroun a Jezzine, culminando numa altitude de 1.800 m, o mais alto do Hemisfério Norte (no Hemisfério .Sul é Colomé, em Salta, Argentina). Seu IXSIR Altitudes Branco 2013 (viognier, sauvignon blanc e muscat é aromático e moderno) é muito bom, mas o que exclama é o tinto IXSIR Altitudes 2010 (cabernet sauvignon, caladoc, syrah e tempranillo). Encorpado e fácil de beber! Importação da Grand Cru.

Château Kefraya Comte de M 2009 !!!+
Cabernet sauvignon e syrah.
Château Kefraya, 3 estrelas Hugh Johnson 2015, faz tintos encorpados, concentrados e com especiarias, em especial o Comte de M, um Grand Cru) `a base de Cabernet Sauvignon e Syrah. E o Chateau Kefraya 2009 é bem bordalês, com aromas de couro, animal, complexo. Importação da Zahil.

Sem importador. É torcer para que nossos importadores os tragam!

ADYAR Monastère de Kfifane 2009 !!!++
Batroun, Syrah.

ADYAR Expression Monastique
Syrah, Mouvedre, Grenache e Sangiovese!
Macio, um franco italiano delicioso.
ADYAR tem certificado orgânico e são os monges maronitas do Monastério St. Anthony em Ghazir. que produzem seus vinhos.

Chateau Nakad Blanc de Blancs !!!
Castas clairette, sauvignon blanc e viognier, imperdível, de vinhas velhas de Bekaa.
Aromas de frutas exóticas e flores brancas.

Chateau Oumsyat Jaspe !!!
Cabernet sauvignon, cinsault, syrah e carignan.

Chateau Qanafar 2011 !!!
Cabernet Franc, cabernet sauvignon, merlot e syrah. Belo aroma em nariz, macio e saboroso.

Que no ano que vem aconteça nova degustação, pois os vinhos do Líbano têm boa relação preço qualidade e vale a pena degustar e adquirir enquanto estão por descobrir!!!

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Os vinhos elegantes e fáceis de beber da Fabre Montmayou em Mendoza e Patagônia

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Savoir faire francês produz um malbec singular em Mendoza!

Por Silvia Cintra Franco

Com o lema “Le savoir faire en Argentina,o espírito francês no Novo Mundo”, o casal francês Diane e Hervé Joyaux Fabre, fazem na Argentina – a terra do Malbec – um malbec distinto do argentino, de grande pureza de fruta, sem excessos de madeira e de concentração, fresco, fácil de beber, elegante e fino.

Nada daqueles malbecões pesados, alcoólicos e amadeirados, mas um malbec elegante ao estilo Velho Mundo, produzido com o savoir faire francês em Mendoza e na Patagônia.

A Premium de Orlando Rodrigues e Rodrigo Fonseca, importadora da Fabre Montmayou reuniu na semana passada um grupo de jornalistas para degustar e conversar com o casal Fabre. Degustamos não somente os Malbec da Patagônia, mas seus notáveis cabernet sauvignon e merlot!

Apaixonados pela malbec, o casal deixou a França decidido a fazer Malbec na Argentina. Produzem desde 1992, primeiramente numa velha área de Mendoza, em Vistalba, Lujan de Cuyo, vinhedos de Malbec e de outras variedades que datam de 1908! É hoje também produzem na Patagônia.

Seu Gran Vin é celebrado por Oz Clarke e Hugh Johnson. E não é para menos, as uvas são de videiras centenárias e contam com a expertise bordalesa de Hervé Fabre.

A Fabre Montmayou foi eleita a melhor bodega argentina do ano de 2010 na International Wine & Spirit Competition em Londres.

Produzem a Malbec sob diferentes rótulos, cada qual com peculiaridades próprias. Fazem Malbec de caráter e personalidade e não de volume comercial. Uma beleza que nos encantou a todos!

As dicas de V&G: por R$64 e excelente relação custo benefício, leve o Reserva Chardonnay, o Barrel Selection Patagônia Malbec 2012, o Reserva Cabernet Sauvignon 2012. Entretanto, todos os vinhos são muito bons. Se puder, experimente todos!

Notas de degustação

Fabre Montmayou Reserva Chardonnay 2013 !!!
Tupungato, Mendoza
Fresco, com boa estrutura, acidez. Em boca, rico e elegante.
R$64 na Premium

Fabre Montmayou Reserva Merlot 2012
Macio, fresco, fácil de beber e de gostar com uma bela acidez.
Aromas complexos e frescos de frutas vermelhas. Taninos macios e boa persistência.
O 60% do vinho envelhece em barricas francesas por 12 meses.
R$64 na Premium.

Fabre Montmayou Barrel Selection Patagônia Malbec 2012 !!!+
Barrel Selection é uma linha excelente da Fabre.
Uvas de Rio Negro, Patagônia, vinhedos de 30 anos.
60% do vinho envelhece em barrica francesa por 12 meses.
Notas de alcaçuz e tabaco, aromas florais e de cereja.
No paladar, um tinto estruturado, macio, fresco, taninos sedosos.
R$64

Fabre Montmayou Reserva Malbec 2012
60% do vinho em barricas francesas por 12 meses.
Aromas intensos florais, especiaria e cereja. Equilibrado, boa estrutura, redondo e elegante.
R$64

Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec 2011 !!!++
Vinhedos com mais de 80 anos e baixos rendimentos (35hl/ha) de Vistalba e Compuertas, Lujan de Cuyo.
Tinto complexo, boa acidez, fresco e sedoso.
Equilibrado, uma beleza de vinho!
Um tinto que se distingue pela elegância do comum dos argentinos.
Vai bem com carnes vermelhas, caça, queijos de sabor intenso e sobremesas à base de chocolate.
R$91 na Premium.

Fabre Montmayou Barrel Selection Patagônia Cabernet Sauvignon 2012
Rio Negro, Patagônia.
60% do vinho envelhecido em barricas francesas durante 12 meses.
Um belo Cabernet Sauvignon equilibrado, com o Carvalho francês respeitando a fruta. Belos taninos, aromas de frutas negras, mentol. Complexo e elegante.
R$64

Fabre Montmayou Reserva Cabernet Sauvignon 2012 !!!++
Perdriel, Lujan de Cuyo, vinhedos de 30 anos.
60% do vinho em barricas francesas por 12 meses.
Aromas intensos e cativantes de frutas vermelhas, uma nota de menta. Equilibrado, boa estrutura, belos taninos maduros e final redondo.
Um belo Cabernet Sauvignon como o Terroir da Argentina sabe produzir como ninguém! E em mãos dos Fabre, ainda ganha em elegância e finesse.
R$64

Fabre Montmayou Gran Reserva Cabernet Sauvignon 2011
Lujan de Cuyo, vinhedos de 30 anos, baixos rendimentos. 100% do vinho envelhece em barricas francesas por 12 meses.
Um tinto mais concentrado.
Aromas complexos e frescos de amora, framboesa, aromas de couro, notas de Carvalho bem integrada. Taninos maduros.
R$91

Fabre Montmayou Gran Reserva Merlot 2011 !!!++
Alto Vale do Rio Negro, Patagônia. vinhedos com mais de 40 anos de idade rendimentos de 40hl/ha.
100% do vinho envelhecido em barricas de carvalho francês durante 12 meses.
Aromas elegantes e complexos de frutas escuras, baunilha, tabaco e café. Equilibrado, um vinhaço elegante!
R$125

Fabre Montmayou Gran Vin 2010 !!!+
85% Malbec, 10% Cabernet sauvignon, 5% Merlot
Vistalba, vinhedos centenários de 1908, rendimentos reduzidos de 20hl/ha.
100% do vinho em barricas francesas durante 16 meses.
Vinhaço, delicado, elegante. Aromas complexos de frutas vermelhas escuras, alcaçuz e cedro. Aromas atraentes de baunilha aportados pelo carvalho. Em boca, rico, intenso, macio, taninos sedosos é longa persistência.
R$186 na Premium.

Vinhos de excelente relação preço x qualidade! Bravo ao casal Fabre e à Premium!

Vendas de vinhos Fabre com Jussara Durães (11) 2574-8303 e http://www.premiumwines.com.br

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Beaujolais Noveau Georges Dubœuf

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Beaujolais Noveau Georges Dubœuf

12%

Um Beaujolais irreverente e festivo!

Cor sedutora! Rubi com tons de rosa vivo pink.

Um vinho fresco e alegre, delicado! A Georges Dubœuf é uma produtora tradicional de Beaujolais Nouveau, leve e fácil de beber.

Frutado, fresco, para consumo imediato. Um vinho descomplicado.

Aromas de groselha, frutas vermelhas, um toque imperceptível de banana.

Na boca, acidez pronunciada e gastronômica. Taninos finos, leve de corpo, saboroso. Media persistência.

Importação feliz da Interfood por R$124,90.

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